Quais memorias registramos
e quais esquecemos? Momentos difíceis possuem mais ou menos memórias para serem
lembradas? Como foi e está sendo viver nesse contexto de restrições, adaptações
e perdas? É melhor esquecermos desse período ou aprendermos e criar
possibilidades com ele? Perguntas que realizamos diariamente e que de alguma
forma já registramos audiovisualmente nas redes sociais.
O audiovisual nesse
contexto de pandemia, restrições de aglomerações, medidas sanitárias de álcool
em gel, aulas online e lives se tornou, de certa maneira, a plataforma de
mediação social entre as pessoas. Contudo se já estávamos em um contexto onde a
imagem deixou de ser uma mera representação e passou ser a coisa em si e nesse novo
contexto esse processo ganha amplitude no seu uso.
A arte é a forma como o indivíduo
se expressa e expressa seus sentimentos. A subjetividade concretizada pela arte
permite a visualização daquilo que era invisível. Emoções sensíveis e
expressadas através da arte, neste caso, o audiovisual.
O presente texto tem como
objetivo apresentar e discutir o exercício da Educação Audiovisual “Memorial da
Pandemia” que se desenvolve a partir de quatro outros exercícios:
· Ilha das flores e a criação das narrativas pelas imagens
· Memorial das histórias
A definição de memorial
está diretamente ligado ao “relato de memórias” e a “obra concernente a fatos
ou indivíduos memoráveis; memórias”. O exercício proposto por esse texto tem
como objetivo demonstrar possibilidades de adaptação do uso do audiovisual na
educação nas aulas online e, principalmente, o seu registro.
O registro audiovisual
realizado por fotografia e vídeos é utilizado como forma de memória e de
comprovação da experiência, além da sua exposição, atualmente, em redes
sociais. As imagens de arquivo são utilizadas em pesquisas e documentário como
forma de resgate e reconstrução da memória, para além de sua aparência
expositiva.
O memorial consiste em
transformar a produção audiovisual, dos alunos diante a realidade de pandemia,
em um lugar de memória dos alunos expressadas de forma artística.
Memorial de historias
Todos as propostas de construção de narrativas audiovisuais apresentadas no texto tiveram como objetivo o registro das experiências individuais com o momento pandemia, expressadas através da arte, nesse caso o audiovisual. O compartilhamento de reflexões nessa direção proporciona um aumento nas possibilidades de uso do audiovisual na educação, principalmente, no momento do “online”.
Os filmes serviram como
dispositivos para a elaboração dos exercícios e o recorte foi a questão da
narrativa através da linguagem cinematográfica online. Nesse exercício a
narrativa acontece principalmente através da linguagem audiovisual, seja na sua
possibilidade produção ou de compartilhamento.
Seja
na produção cotidiana dos stories ou a
proposta de produção através de possibilidades vistas a partir do curta Ilha
das Flores e dos filmes “Isto não é um filme” e “Dogville”, o lugar de memória
é fundamental e da criatividade a partir do limite imposto pelo momento de
pandemia. Em ambos, o registro das possibilidades o uso de audiovisual de
maneira artística e expressiva de uma realidade é fundamental como forma de
entender a sua potencialidade diante de outros contextos.
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