Tânia Cristina Medeiros
Cardoso Lopes
tania.crist@yahoo.com.brIdealizadora e professora do Projeto Cinema: experimentar, conhecer, realizar (2013-2019)
Início
de conversa
Analisar requisita olhar
a fundo, examinar com atenção, buscar detalhes que numa primeira contemplação
estavam ocultos. Ao estender esse conceito para análise fílmica, o ponto de
partida, sustentado por experimentações com análise fílmica com alunos do
Ensino Fundamental II no Município de Cabo Frio, foi responder aos
questionamentos:
Por que oferecer essa atividade na escola? Como alertam as professoras Anita Leandro (2001) e Mônica Fantin (2014), atividades envolvendo filmes não podem servir para substituição de professores ou atividades ou meramente para ilustração de conteúdos. O convite é pensar e ir além, é partir do pressuposto que todo filme conta uma história e para contar essa história o cineasta utiliza variados instrumentos na construção dessa narrativa. É na prática da leitura das imagens, na acuidade do olhar, na procura de indícios e não apenas pelo prazer em assistir ao filme, que podemos gerar conhecimento. Então, gerar conhecimento é a resposta para o “Por quê?” de propor essa atividade na escola, “[...] porque não parece nada lógico que se ensine a juntar letras e não imagens [...]” (ESCUDERO, 1971, p. 41). Em entrevista cedida à Revista Educação e Realidade, Ismail Xavier (2008, p.15), afirma que “[...] o cinema que ‘educa’ é o cinema que faz pensar, não só o cinema, mas as mais variadas experiências e questões que coloca em foco.” Fantin (op. cit.) enfatiza essa questão ao destacar que “O desafio é não usar o cinema apenas como transmissão de saberes, pois qualidade artística do filme sempre pode ser discutível a partir da experiência estética.” (FANTIN, 2014, p. 64). Nesse sentido, Ismail Xavier (op. cit.) elucida que a questão não é “passar conteúdos”, mas provocar a reflexão. Em sintonia, Leandro (op. cit.) reforça a questão ao falar sobre o cuidado com a influência da Pedagogia do Transporte na escolha dos filmes que se pretende trabalhar com os alunos. Na Pedagogia do Transporte a busca é centrada na mensagem a ser transmitida, da intenção pedagógica assegurada, o que limita a análise a uma apreciação conteudista do filme e descarta a capacidade de argumentação. Entre consonâncias e dissensos a argumentação possibilita ampliar a percepção criativa do filme através do levantamento de questões que vão induzindo a outras questões, riqueza de trocas suscitadas geralmente durante o debate fílmico. Dessa forma, o desafio passa a ser ver o filme e aprender com o filme sobre todos os aspectos possíveis para os envolvidos, depurar e apurar. Nesta tarefa se evidencia para o professor a necessidade de estabelecer objetivos claros, sua intencionalidade, para se apropriar da resposta ao último questionamento na introdução desse texto.
Tramitar de um espectador
comum para um espectador analítico é um processo longo que demanda estudo para
o conhecimento sobre história, linguagem e teorias do cinema, balizadores para
a análise, tornando-a mais rica e completa. Para Jullier e Marie (2012, p.16)
Para
“ler o cinema” não existe um código indecifrável, receita milagrosa ou método
rígido. Aliás, muitos filmes exigem menos ser lidos como mensagens cifradas do
que ser sentidos, experimentados carnalmente, ou quase. Entretanto é possível
proporcionar algumas ferramentas que auxiliarão a leitura.
A pretensão aqui não é
apresentar um manual ou mesmo instrumentos rígidos que tornem professores e/ou
alunos espectadores peritos analistas de filmes, ou que os aspectos apontados
sejam prioritários para a análise de um filme, mas pensar caminhos que
propiciem mudança na forma como se assiste a um filme. Vanoye e Goliot-Lété (1994, p. 18) apresentam características
para os perfis de um espectador analista e um espectador comum reproduzidos no
quadro abaixo, comparando-os e distanciando-os: “[...] o primeiro busca
precisamente distinguir-se de forma radical do segundo, não se deixar dominar
como o último pelo filme.”.
A dicotomia retratada nesses dois perfis pode ser suavizada ao que se
refere em assumir uma postura ou outra, ao pensar que podemos buscar ser um e
também o outro. Nessa perspectiva, referindo-se à leitura de filmes, Jullier e
Marie (2012, p. 15) afirmam que
Os grandes sucessos da história do cinema sem dúvida se prestam à reflexão, instruem acerca da situação do mundo, mas antes de tudo dão satisfação. Lendo as imagens do cinema é, simplesmente, prolongar esse prazer do espetáculo analisando, desvendando, olhando com uma lupa o que se acabou de passar a toda velocidade – 24 ou 25 imagens por segundo.
A questão não é exigir que o
professor como condutor da análise possua total domínio das características de
um espectador analista, mas que a sua intencionalidade com a atividade se
norteie em conhecimentos prévios e não apenas pelo prazer do espetáculo, bem
como “[...] sem se deixar impressionar pela técnica e pelos efeitos
mirabolantes[...]” (LEANDRO, 1991, p.31). Tomar esses cuidados possibilitará
direcionar os estudantes ao aprendizado, ampliando suas percepções. Primordial
reconhecer que o professor também aprende por meio das trocas com os alunos através
das mais variadas questões trazidas da subjetividade de cada um no debate. Ao
se falar de subjetividade, faz-se necessário reconhecer que sua presença não está
apenas na relação de fruição. Nesse sentido ESCUDERO (1971, p. 73) esclarece
que
A partir do momento em que a câmera foca um
fragmento determinado da realidade e não outro, fazer cinema converte-se
inevitavelmente numa interpretação pessoal. O cinema, qualquer gênero de
cinema, é sempre subjetivo. E não se pode esquecer que, graças a isso, o cinema
é uma arte.
[...] falar do filme em sua globalidade é certamente o exercício mais
habitual de interpretação (nas conversas do cotidiano ou nos jornais), mas esse
exercício supõe ir mais longe da mecânica íntima da narração fílmica e dos
detalhes da cenografia – o que justamente faz o encanto da leitura “fina” do
cinema.
Realidade que sugestiona um recorte para a análise que pense questões que envolvam talvez um plano, uma cena ou uma sequência e, a opção da análise de um filme inteiro possa se processar talvez a partir da sua temática, sua narrativa (informação verbal[1]). A escolha por um recorte do filme não descarta que a experiência com a obra completa pela turma possa trazer ao debate outras questões, enriquecendo-o. Destaca-se aqui que a análise não é controlada, engessada, apenas pode ser direcionada a partir de parâmetros pré-determinados.
Vanoye e Goliot-Lété (op. cit.) consideram dois grandes momentos para
pensar a análise fílmica: a descrição e a interpretação. O primeiro momento
orienta descontruir o filme, desunir os elementos a serem analisados que podem
ser variados, como trilha sonora, fotografia, atuação dos atores, etc.. Para o
espectador analista os parâmetros a serem analisados são definidos a priori, ele
já sabe o que está procurando e fica atrás desses indícios contidos no filme. O
segundo momento pressupõe a interpretação, que é a reconstrução do momento
anterior, ou seja, articular as partes desmontadas. A interpretação precisa se
concentrar no que se vê em tela, o filme é o ponto de partida e também o ponto
de chegada. Dessa forma, quando analisamos um filme, o decompomos em fragmentos
e depois o reconstruímos. Nesse processo podemos estabelecer comparações e
fazer relações, sem construir outro filme, prática a que os autores
referenciados atribuem a fraqueza de “[...] sair definitivamente do filme para
se entregar a uma fábula pessoal.” (VANOYE e GOLIOT-LÉTÉ, 1994, p. 16) .
No sentido mais usual, analisar algo
implica reduzir sua complexidade e decompô-lo em elementos mais simples. É o
que fazemos quando analisamos um texto e, após uma leitura inicial, tentamos
entender suas partes para então (re)articular o sentido do todo. Nesse
processo, decompomos suas partes estruturantes e recompomos o texto em busca de
uma interpretação geral.
Dessa maneira, a propositura consiste em desconstruir para depois construir com a interpretação do espectador, sem querer a partir na interpretação construir um novo filme.
Possíveis caminhos a seguir durante a análise
A análise carrega muito das vivências e experiências do espectador, mas a base para fundamentar os argumentos do seu exercício se dá através do conhecimento acerca da linguagem, história e teorias do cinema, tornando-a mais significativa e completa. Nesse sentido, Fantin (2011, p. 63) destaca que para um trabalho significativo com cinema na escola é “[...] fundamental apropriar-se dos códigos audiovisuais e produzir sentidos a partir da narrativa [...]”. Sem a pretensão de dar conta de listar, explicar ou exemplificar a infinidade de códigos audiovisuais a que a autora se refere, o quadro abaixo tenciona introduzir sinteticamente seis diferentes áreas que Edgar-Hunt; Marland; Rawle (2013) apresentam para entendimento da linguagem cinematográfica. Essa apresentação visa apontar substratos para leitura de um filme, sem esquecer que essas áreas se inter-relacionam durante o processo de análise. Dessa maneira, o intuito é aguçar a curiosidade e o desejo dos leitores para apreciação completa da obra desses autores e/ou buscar em outras bibliografias se aprofundarem nos temas a que se referem.
Quadro 2 Lendo as imagens do cinema
SEMIÓTICA |
Estudo de como unidades visuais e auditivas funcionam a fim de construir o significado que atribuímos aos textos cinematográficos. Os filmes apresentam uma vasta exposição de signos, entendidos como o que nos trás sentido, reação, solicita-nos atenção especial e contribuem para a compreensão geral e para leitura textual da obra. Toda imagem conta uma história e o filme é uma história contada através de imagens e sons. Independente de seu valor significante (o que percebemos, o que é tangível), a subjetividade imprime vasta gama de significados para os signos presentes no filme, pois a resposta é única para cada um. Pequenos detalhes que muitas vezes não estão explícitos, podem conter muitos significados. |
NARRATÓGICA |
Estudo de como as especificidades da comunicação se relacionam à estrutura – os detalhes da linguagem que o filme usa (convenções e códigos específicos do cinema) e também do contexto e, muitas vezes, da relação entre os dois. O assunto se torna ainda mais complexificado quando relacionado com o mundo real, com a intersecção entre a vida diária e a forma do filme que cria significado para o público. A narrativa trata da compreensão. Como um público depreende sentido de um filme, como compreende a combinação desse produto verbal, escrito e visual. Na narrativa fílmica, o significado começa a ser gerado quando se determina o enredo, que trata da casualidade – como um evento ou ação leva a outro. Há uma forma narrativa que existe no cinema para mostrar e contar, impactar nossas emoções e assim, limitar que impacto emocional uma cena tem sobre nós, ajudando na focalização em relação ao que está sendo mostrado e contado e isso se concretiza por meio das escolhas para representar o contexto da narrativa. |
INTERTEXTUAL |
Os filmes se relacionam através de reconhecimento, comparação e contraste. Fazem referências, mesmo que de forma indireta, a outros filmes e essa interação pode ocorrer de diversas maneiras e em diferentes níveis pela reprodução e incorporação. A alusão de um filme a outras obras cinematográficas pode ocorrer através de referência (verbais ou visuais), autorreferência (referência a um filme anterior de uma franquia, como Harry Potter, por exemplo), associação (como exemplo, repetir o modo de atuação de um ator em outros filmes), estilo (adoção de técnicas cinematográficas e recursos estilísticos de um outro cineasta). |
IDEOLÓGICA |
Os filmes comunicam algo, representam, reproduzem, estão conectados com o mundo. As interpretações que as pessoas dão aos filmes são muitas e variadas, mas sem dúvida, o filme sempre carrega uma ou mais mensagens. Crenças, pontos de vista, posições sociais e culturais podem estar claros em nossa mente ou então, profundamente enraizados que parecem naturais. A ideologia é mais hostil e poderosa quando o público está relaxado, receptivo e inconsciente de sua exposição a ela. No cinema, o tratamento à ideologia se concentra no cruzamento entre duas grandes escolas do pensamento: 1. O texto – o filme vê o filme como filme e extrai temas que refletem sobre a sociedade; 2. O contexto – vê o contexto em que o filme foi produzido. |
QUADROS E IMAGENS |
A câmera nos dá a perspectiva sobre o que somos e como compreendemos os vários usos possíveis da imagem. Modela e distorce a nossa perspectiva dos objetos e espaços cinematográficos. Tudo que é selecionado dentro do quadro da imagem tem um significado, nada é por acaso. Desde os figurinos dos atores, disposição de objetos de cena, cores ou o cenário como um todo até as escolhas de distância, altura e diferentes ângulos e movimentos de câmera têm um por que, ou seja, acrescentam significado ao contexto da narrativa para fazer sentido, enfatizar as reações e emoções do espectador. Somos manipulados e não nos damos conta disso, pois estamos envolvidos com o filme que nos arrasta para sua narrativa. Apercebermo-nos disso exige teste de concentração, observação e memória: características do espectador que está à espreita de indícios. |
CONSTRUÇÃO DE SENTIDO |
A maneira como as imagens são reunidas por meio da edição e do som, intenciona formar um todo coerente ou propositadamente incoerente. A construção de sentido busca entender porque um diretor optou por usar certos planos para os pontos-chaves da narrativa, como as relações entre os planos são criadas e alteradas, como o tom e o ritmo são estabelecidos e como o significado é adicionado à narrativa. A edição do filme é responsável por criar sentido. A edição de continuidade, constituída por suas regras, é responsável por apresentar ao espectador um produto ordenado, coerente e estruturado. Já a edição descontínua, funciona de forma oposta, quebra essas regras e não se relaciona à experiência narrativa do filme, subverte ou perturba a coerência de tempo e espaço, a preocupação se centra no uso do meio para explorar estados mentais subjetivos e investigar propriedades artísticas do meio. As escolhas feitas na edição tem o poder de fazer o espectador ver coisas que não exatamente estão lá e podem ajudar a entender mais do que apenas o que vemos nos planos. Percebemos, mas não vemos. A edição influencia o ritmo do filme, como o cinema se comunica e sobre o que o cinema comunica. |
Fonte:
A autora. Síntese das seis diferentes áreas da linguagem cinematográfica apresentadas no livro Lendo as Imagens do Cinema
O olhar de cada analista pode ser diferenciado para um mesmo filme, do
mesmo modo que um único filme pode clamar por várias abordagens, várias
leituras. Dessa maneira, as várias formas de ler os filmes torna o
direcionamento de qualquer proposta para tal, tarefa inacabável, o que assinala
a importância de estabelecer parâmetros e deixar claros os objetivos a que se
propõe a análise.
Análise fílmica em contexto escolar – um exemplo
A atividade foi conduzida numa parceria entre a professora regente de Língua Portuguesa de uma turma de 8º ano do Ensino Fundamental II e a ação “Encontros com o Cinema” promovida pelo Projeto “Cinema: experimentar, conhecer, realizar”. Em virtude do tempo das aulas da professora não abarcar a exibição, seguida da análise, a atividade foi dividida em dois momentos: 1 – apresentação da ficha técnica e exibição de três curtas-metragens da 15ª Mostra do Filme Livre (2016), Sessão Premiados I; 2 - A turma foi dividida em três grupos que ficaram responsáveis pela análise de um curta-metragem para apresentação ao restante da turma, que no lugar de plateia poderia dirigir perguntas aos alunos analistas. Aos estudantes analistas a orientação para o encaminhamento do debate foi justificar três questionamentos (ao nível das sensações): quais as impressões em relação ao filme, destacar a(s) cena(s) mais marcante(s) e se existia ou não associação do título do filme com sua narrativa. Aos professores condutores do processo coube mediar o debate enriquecendo as informações exploradas pelos alunos. Os discentes, na função de analistas ou no papel da plateia, participaram ativamente da atividade argumentando a favor do que perceberam de interessante e também trazendo a tona os estranhamentos que reverberaram a partir das narrativas dos curtas-metragens. Para Leandro (2011, p. 35), “Na escolha dos filmes a serem analisados com nossos alunos, podemos procurar lições de didática no cinema experimental, no documentário e em várias outras práticas cinematográficas que nos fazem dádiva de um saber sobre a imagem.”. A chance de explorar esse saber sobre as imagens decorreram das experiências com os filmes trazidas pelos alunos, tais como: “Não deu para entender quase nada do filme. Causou estranhamento por ser um tipo de curta diferente, ele retrata vários tipos de ‘superfície’.”; Quando as crianças entraram em uma casa que estava abandonada e começaram a mexer no que tinha lá, mostrou a dura realidade da pobreza.”; “A casa tem várias plantas e Ruby vive em harmonia com a natureza. Isto é interessante.”; “Ruby é um cara estranho, com aparência estranha, atitudes estranhas e um passado conturbado.” O filme é abstrato e não é qualquer pessoa que vive como Ruby.”. A certeza de que a dinâmica teve efeito positivo sobre a turma foi confirmado pela solicitação dos estudantes que atividades como aquela fossem implementadas mais vezes.
Figura 1
Exibição dos curtas-metragens, Sessão Premiados I
Figura 2
Debate durante a condução da análise fílmica
Figura 3
Debate durante a condução da análise fílmica
Conclusão
Todo espectador é capaz de analisar um filme. Essa análise se processa de forma mais profunda e profícua para um espectador atento, à espreita de indícios ancorados em parâmetros pré-estabelecidos, o que torna a fruição da obra diferenciada, mais completa e complexa. Ao longo do texto se buscou explorar possíveis caminhos para aprofundar a acuidade do olhar através do exercício da análise fílmica. A análise é subjetiva e carrega muito das intuições do espectador com a experiência fílmica. Sem pretensão de tornar o professor, entendido como condutor desse processo no contexto escolar, um espectador perito analista, o ensejo foi apontar aspectos importantes para adentrar nessa dinâmica de maneira a tornar a trajetória mais significativa e enriquecedora para ele e, consequentemente, para os alunos. A proposta de trabalhar com análise fílmica na escola se justifica quando ancorada nos propósitos de gerar e ampliar conhecimento por meio do encontro com o filme. Dessa forma, os filmes precisam se fazer presentes no contexto escolar como suporte na condução do processo ensino-aprendizagem. Pensá-los como entretenimento, tapa buracos de aulas vagas ou ilustração de conteúdos, simplifica e desacredita o seu potencial para produção de conhecimento. Conhecimento que se processa de forma coletiva, potencializado através das diversidades de trocas entre os pares, singularidades observadas pela análise individual, muitas vezes motivada pela intuição, enriquecida pelas pluralidades advindas da discussão do objeto em questão: o filme. Aos professores simpatizantes, o convite é se arriscarem nessa odisseia, centrados e amparados por obetivos em que questionar, problematizar e defender argumentos se façam presentes.
Referências bibliográficas
BERGALA, A. A hipótese-cinema. Pequeno tratado de
transmissão do cinema dentro e fora da escola. Tradução: Mônica Costa
Netto, Silvia Pimenta. Rio de Janeiro: Booklink - CINEADLISE-FE/UFRJ, 2008.
EDGAR-HUNT,
R.; MARLAND, J.; RAWLE, S. A linguagem
do cinema. Tradução de Francise Facchin Esteves e Scientific Linguagem
Ltda. Porto Alegre: Bookman, 2013.
ESCUDERO, J.
M. G. Vamos Falar de Cinema.
Tradução de Luís Freitas da Costa. Lisboa: Editora Editorial
Verbo - Livros RTP, 1971.
FANTIN, M. Audiovisual na escola: abordagens e possibilidades. In BARBOSA, M.
C.; SANTOS, M. A. (orgs). Escritos de Alfabetização Audiovisual. Porto Alegre:
Libretos, 2014.
JULLIER, L.;
MARIE, M. Lendo as imagens do cinema.
Trad. Magda Lopes. São Paulo: Senac, 2012.
LEANDRO, A. (2001). Da imagem pedagógica à pedagogia da imagem. Comunicação
& Educação, (21), 29-36. https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v0i21p29-36
PENAFRIA, M. Análise de Filmes - conceitos e
metodologia(s). In: VI Congresso SOPCOM, Lisboa, 2009. Disponível em:
http://www.bocc.uff.br/pag/bocc-penafria-analise.pdf. Acesso em: 06 e abr. de
2021.
VANOYE, F.;
GOLIOT-LÉTÉ, A. Ensaio sobre a análise fílmica.
Campinas: Papirus, 1994.
XAVIER, I. Um Cinema que “Educa” é um Cinema que (nos) faz Pensar. Entrevista.
Educação & Realidade. v.33, n.1, 2008.
[2] Destaca-se que a ação “Encontros com o Cinema” propunha a análise do filme conforme o percurso sugerido na explanação desse texto: o filme como ponto de partida e o ponto de chegada. Já as análises fílmicas propostas para os participantes do projeto “Cinema: experimentar, conhecer, realizar”, inclusive para os exercícios de experimentação realizados pelos alunos, percorriam a trajetória proposta por Bergala (2008) da análise da criação para a passagem ao ato, que se centra em refletir sobre o porquê de determinadas escolhas do cineasta dentre tantas outras possíveis. Para o autor, “Trata-se de fazer um esforço de lógica e de imaginação para retroceder no processo de criação até o momento em que o cineasta tomou suas decisões, em que as escolhas ainda estavam abertas.” (p. 130). Dessa forma, o intuito era encaminhar os estudantes para a produção de seus próprios curtas-metragens.
[4] Para saber mais sobre a Mostra do Filme Livre, consultar http://www.mostralivre.com/20/
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